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Este e-book aborda temas essenciais da educação básica, explorando as metodologias e práticas que moldam o ensino diário. Ele destaca as diferentes abordagens pedagógicas utilizadas para promover um aprendizado mais eficaz e envolvente para os estudantes. Além disso, discute as políticas de educação básica, que orientam e estruturam o sistema educacional, garantindo direitos e melhorias na qualidade do ensino. O material também dedica atenção à inclusão educacional, ressaltando a importância de criar ambientes escolares acessíveis e acolhedores para todos os estudantes, independentemente de suas diferenças. Uma leitura fundamental para quem deseja compreender melhor os pilares que sustentam a educação na nossa sociedade!
No capítulo “A METODOLOGIA INVERTIDA: ANÁLISE DE IMPACTOS NO PROCESSO EDUCACIONAL” aborda a inserção de tecnologias digitais como forma criativa e alternativa significativa para ensinar e aprender, pontuando a compreensão da metodologia invertida, seus fundamentos, desafios na implementação e impactos para o ensino e aprendizagem. Os autores, Guilherme Jungierech Berger, Katia dos Santos Beltrame e Sawana Araújo Lopes de Souza, apontam a necessidade de políticas educacionais que garantam equidade e as condições necessárias para promover uma educação dinâmica e adaptada para o aprendizado significativo. A posição dialógica suscita dinamicidade na prática docente voltada às especificidades contemporâneas.
A leitura do artigo “DIALOGANDO COM AUTORES SOBRE FAMÍLIA: REFLETINDO SOBRE CONCEITO, FUNÇÃO, PAPEL, RELAÇÕES COM A ESCOLA EM MEIO À PANDEMIA DA COVID-19 NO MUNICÍPIO DE SANTARÉM/PA” discute a parceria e a responsabilização da família na construção da aprendizagem de seus filhos, como parte na vida escolar, durante o período do Ensino Emergencial Remoto, devido a pandemia da Covid-19. A argumentação teórica apresenta arcabouço legal que fundamenta a educação como direito público subjetivo, alerta para a participação da família no desenvolvimento da aprendizagem, além de esclarecer sobre a dificuldade para trabalhar com tecnologia, em meio à falta de recursos, como eletrônicos e o acesso à internet. As autoras, Jocilene Figueira Vasconcelos e Miriam Espíndula dos Santos Freire, em seu estudo, apontam que a pandemia expôs as desigualdades nas formas de ensinar e aprender, além de acentuar à evasão escolar e acirrar as dificuldades na aprendizagem dos estudantes.
O capítulo identificado como “Alfabetização Discursiva: Perspectivas para uma Educação Transformadora”, na construção dialógica proposta, apresenta a alfabetização discursiva enquanto prática pedagógica que transcende a mera decodificação do sistema alfabético, integrando-a ao letramento como instrumento de formação crítica e cidadã. O estudo aponta as contribuições da alfabetização discursiva para a formação de sujeitos críticos, bem como, sua relação com a escrita, como prática cultural e histórica.
O artigo, das autoras Rita de Cássia Martins Moreira Pinto e Thayza Wanessa Silva Souza Felipe, adquire especial importância no cenário da alfabetização, ao destacar a superação de métodos mecanicistas, promovendo abordagens que valorizem as dimensões discursivas e simbólicas do processo de alfabetização, cuja discussão aponta o papel da escola para possibilitar aos aprendentes a compreensão da escrita como uma ferramenta de expressão cultural e de transformação social.
O capítulo “A RELAÇÃO ENTRE O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E A GESTÃO DEMOCRÁTICA EM UMA ESCOLA DA REDE PÚBLICA NACIONAL” produzido por Elisabete Rodrigues de Amorim Guiselini e Thayza Wanessa Silva Souza Felipe, analisa a relação entre a Gestão Escolar e o Projeto Político Pedagógico por meio dos fatores externos e internos que colaboraram com as características da gestão escolar democrática participativa da rede pública municipal de ensino. Para as autoras, a comunicação aberta e transparente, entre escola e comunidade, é essencial para a democratização da gestão e para a integração do projeto político pedagógico, tendo a democracia participativa como parte do processo. O texto é elucidativo ao mencionar os desafios de uma cultura democrática e participativa.
Neci Sousa Tapajós e Miriam Espíndula dos Santos Freire, em seu artigo “AS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS PROFESSORES E ALUNOS NO USO DOS RECURSOS TECNOLÓGICOS: REFLEXÕES SOBRE O MUNICÍPIO DE SANTARÉM/PA”, discorrem sobre as dificuldades encontradas pelos professores e alunos no uso das tecnologias informacionais, no período de 2020 e 2021, provocado pela pandemia do Covid-19, na qual, constatou-se a utilização de inúmeros recursos midiáticos para a realização das atividades escolares em toda a rede de ensino. Desta forma, apontam a experiência educacional que transformou a prática de ensino e a registram para toda a comunidade santarena e científica, evidenciando, ainda, a necessidade de explorar outros elementos envolvidos no uso da tecnologia para a atividade docente.
O artigo, “ATUAÇÃO DO INTÉRPRETE DE LIBRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL”, na construção dialógica proposta, elucida a atuação do intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras), na Educação Infantil, a partir da colaboração do trabalho docente, entre professores e intérpretes, da formação docente direcionada para a língua e de políticas educacionais, que favoreçam a atuação destes profissionais. O estudo, de Eliene Aparecida dos Santos Delgado e Miriam Espíndula dos Santos Freire, adquire especial importância no contexto da inclusão de crianças surdas no ambiente escolar com reflexões do papel do intérprete para a garantia do direito de aprendizagem e à educação.
Temos o texto “HABILIDADES DE LEITURA E COMPREENSÃO TEXTUAL: DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS PROFESSORES COM OS ESTUDANTES DE 4º E 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL” objetiva investigar os desafios encontrados pelos docentes no desenvolvimento de habilidades de leitura e compreensão de textos, cuja discussão aponta a falta de acompanhamento e envolvimento da família na vida escolar dos filhos, a falta de materiais pedagógicos suficientes e adequados, a estrutura física precária das escolas, e o apoio pedagógico da supervisão escolar. De acordo com as autoras, Ana Paula Felix de Arruda e Thayza Wanessa Silva Souza Felipe, diante do cenário escolar, os professores tem buscado estratégias diversas para desenvolver a atividade docente. A avaliação final do texto evidencia a necessidade do apoio familiar e investimento adequado do poder público como ferramentas para a aprendizagem, para tanto, as autoras enfatizam a formação docente como a principal estratégia de mudança para esta realidade.
O capítulo intitulado “O FUNDEB COMO POLÍTICA PÚBLICA DE FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: REVISÃO DA LITERATURA”, apresenta uma revisão de literatura acerca dos estudos já realizados sobre o impacto do FUNDEB na educação básica. As autoras do texto, Fabiana Grando e Sawana Araújo Lopes de Souza reiteram que o Fundeb tem contribuído para a equidade e qualidade da educação, sugerindo ainda a necessidade de aprimorar a gestão e transparência dos recursos.
O texto “A IMPORTÂNCIA E O USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO TIC’s NO CONTEXTO ESCOLAR”, aborda o uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no contexto escolar a partir de um levantamento bibliográfico e documental. Lucenildo Santos da Silva e Sawana Araújo Lopes de Souza apontam o uso das TIC’s como um grande desafio para os sistemas de ensino, apesar de se mostrar um caminho eficiente para o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes, uma vez que, que as TIC’s influenciam no ambiente escolar e podem quebrar paradigmas, quando utilizados a serviço da aprendizagem escolar.
Ivanilda dos Santos Morais e Thayza Wanessa Silva Souza, discutem no capítulo intitulado “EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL: AMPLIANDO POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGENS NA ESCOLA MUNICIPAL PROFESSOR ARNALDO ARSÊNIO DE AZEVEDO EM PARELHAS- RN”, os desafios e as possibilidades de aprendizagens na educação em tempo integral de ensino fundamental, em uma Escola Municipal localizada na cidade de Parelhas-RN. Os resultados destacam a implementação de um currículo integrado, ações inclusivas e lúdicas, e a valorização do protagonismo estudantil como aspectos essenciais para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional dos educandos.
No capítulo intitulado “A ESCOLARIZAÇÃO DO(A) SURDO(A) NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA REDE MUNICIPAL DE CRICIÚMA/SC: UMA ANÁLISE DOCUMENTAL”, os autores apresentam o resultado de uma pesquisa de mestrado no qual o objetivo foi analisar o processo de escolarização dos(as) estudantes surdos(as) matriculados na rede municipal de ensino de Criciúma/SC, traçando um paralelo entre ordenamento jurídico referente à educação inclusiva e as nuances das práticas de escolarização dos(as) estudantes surdos(as). A partir de uma análise documental. Para Daniela Rosso Miranda Santos e Dafiana do Socorro S. Vicente Carlos, os resultados da pesquisa apontam que, o acolhimento, estudo e atendimento especializado de todos os estudantes surdos em uma única instituição proporciona, além da inclusão no ensino regular, que lhes é garantida por direito, a convivência com outros estudantes que têm a mesma deficiência proporciona uma troca de vivências e um aprendizado muito mais significativo, contribuindo assim para construção de sua identidade surda.
Já no capítulo “ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA A INCLUSÃO DA CRIANÇA COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO”, as autoras Lucilene Martins e Dafiana do Socorro Soares Vicente Carlos, a partir de uma pesquisa bibliográfica, investigaram estratégias pedagógicas capazes de potencializar o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes com Altas Habilidades e Superdotação. Afirmando que, as estratégias evidenciadas pela literatura foram pautadas no lúdico, jogos, atividades de Robótica, enriquecimento curricular e atividades práticas.
O texto “A INCLUSÃO DE ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO”, a partir de uma pesquisa bibliográfica, objetivou compreender como se dá o processo de inclusão escolar do aluno com altas habilidades/ superdotação. Lucilente Martins e Dafiana do Socorro Soares Vicente Carlos evidenciam a contradição presente no discurso de educação inclusiva a partir do atendimento feito nas salas de AEE, com o discurso de que há falta de profissionais capacitados para que a inclusão se efetive no cotidiano escolar.
Já o capítulo “A EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM LIVROS DIDÁTICOS DE CIÊNCIAS”, analisou como está sendo abordada a Educação Ambiental nos livros didáticos de Ciências nos anos finais do Ensino Fundamental II. A partir de uma pesquisa documental realizada nos livros didáticos que compreendem o Ensino Fundamental II: Teláris Ciências Ensino Fundamental Anos Finais-2018 (6º, 7º, 8º e 9º anos), os autores Domingos Sávio Saldanha Colares e Miriam Espíndula dos Santos Freire apontaram contradições, afirmando que, as atividades propostas nos livros didáticos eram de difícil implantação em virtude de serem realidades ambientais diferentes da realidade dos alunos.
Como observado, a construção do conhecimento aqui sistematizado apresenta uma variedade de capítulos e artigos que abordam temas importantes na educação. Trata-se sobre a metodologia invertida, que usa tecnologias digitais de forma criativa para melhorar o ensino e a aprendizagem, destacando a necessidade de políticas que promovam equidade e práticas dialógicas. Em outro artigo, discute-se o papel da família na educação durante a pandemia da Covid-19, ressaltando desafios como a falta de recursos tecnológicos e o aumento das desigualdades. Há também um foco na alfabetização discursiva, que vai além da decodificação, promovendo uma formação crítica e cidadã, e na relação entre gestão democrática e o projeto político pedagógico nas escolas públicas, enfatizando a importância da comunicação aberta.
Outros capítulos tratam das dificuldades no uso de tecnologias por professores e alunos, a atuação de intérpretes de Libras na educação infantil, os desafios na leitura e compreensão textual, e o impacto do FUNDEB na educação básica. Ainda há discussões sobre o uso das TIC’s na escola, a educação em tempo integral, a escolarização de estudantes surdos e de alunos com altas habilidades, além de análises sobre a Educação Ambiental nos livros didáticos. No geral, o conteúdo destaca a importância de práticas inovadoras, inclusão, uso de tecnologia e políticas públicas para fortalecer a educação de forma mais justa, inclusiva e eficiente.
Como Paulo Freire (1996) nos ensina, a educação é um ato de liberdade e de diálogo, onde o conhecimento é construído coletivamente e o educador é também um aprendiz. Que este livro seja uma ferramenta para despertar a consciência crítica, promover a autonomia e fortalecer a esperança de uma sociedade mais justa e participativa. Afinal, educar é um ato de amor e de resistência!