Autor(es)
ISBN
Direitos Reservados
A ciência psicológica tem o papel social de estudar a construção do ser humano para intervir nas situações de desigualdade social, exclusão/inclusão e problemas sociais, que se objetivam no homem como padecimento de ação. A Psicologia sócio-histórica na clínica coloca a subjetividade como ideia ético-reguladora da análise. Segundo Vigotski, a análise é uma práxis que tem o propósito de não só estabelecer relações, mas também de dissecá-las, esquadrinhá-las teoricamente, de modo a servir de instrumento para a reflexão e a mediação, num processo contínuo de relação com o sujeito, de reflexão e crítica, formado pela linguagem da fala e do corpo e suas afecções, na tentativa de capturar o real (Catão, 2007). O analista, pois, exerce papel de mediador utilizando o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal, correspondendo às atividades que o sujeito ainda não consegue realizar sozinho, mas consegue com a ajuda do mediador, até que faça sozinho (Dias, 2006), perpassando uma ressignificação, permitindo maior equilíbrio entre o sentir, o pensar e o fazer. A intervenção é direcionada para produzir transformações no outro e no meio social no qual está inserido. O plano de estágio foi elaborado com vistas à análise do ser humano numa construção/reflexão de si e do mundo para a transformação, numa relação terapêutica de mediação do psicólogo para possibilitar uma ressignificação de si e do mundo.