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Esta pesquisa trata de uma investigação por meio de uma proposta interventiva de base sociolinguística, que procurou averiguar como os alunos podem se apropriar de uma educação linguística e, assim, instrumentalizá-los para o uso das variantes da língua, inclusive a norma culta. Tal pesquisa foi realizada na disciplina Língua Portuguesa, com alunos do 7° ano do ensino fundamental de uma escola pública da cidade de Cabedelo/PB. Ressaltamos a importância de identificar a adequação da linguagem em diferentes contextos sociais, considerando a norma padrão não como a única variedade a ser estudada em sala de aula, mas como uma possibilidade a mais de uso da língua. Para tanto, pautamos o estudo na Teoria Sociolinguística de Bortoni-Ricardo, que traz uma proposta de ensino voltada à Educação Linguística. Ainda nos valemos de outros autores que também fazem referência ao tema, a exemplo de Cavalcante (2014), Bagno (2007), Antunes (2007), Faraco (2002) e Brasil (1998). A referida teoria promove espaços para diferentes discursos, levando o aluno a expandir suas competências linguísticas por meio da aquisição de novos recursos expressivos para compreender melhor o mundo e intervir sobre ele. E, dessa forma, posicionar-se de maneira crítica e efetiva nas diferentes situações sociais, contribuindo, assim, para melhorar a interação do aluno com o meio em que está inserido, uma vez que tal teoria considera a relação entre língua e sociedade. Além disso, contribui para a educação em língua materna. Como procedimento metodológico, o estudo foi viabilizado por meio de uma pesquisa-ação em razão de propor intervenção direta no contexto e em relação aos sujeitos pesquisados. Nesse sentido, o corpus de análise foi constituído por 05 alunos que participaram de exercícios elaborados, contendo o registro popular e o uso formal da língua. Os resultados obtidos nos permitem o reconhecimento da heterogeneidade linguística e apontam para a necessidade de estimular, nas aulas de língua materna, um conhecimento das variedades sociolinguísticas e afirmar que o procedimento didático-pedagógico que adotamos contribui para desconstruir o preconceito linguístico ainda latente em nossa sociedade.